Que beleza!
Cada um nasce com a sua beleza. Mas o carinho e os cuidados que temos com nosso corpo são fundamentais para enfatizá-la
Todos nós somos únicos, cada qual com suas características. São milhares os padrões, etnias e culturas que determinam, entre bilhões de pessoas, o que é ser belo. Mas o fato é que nem só a etnia, o biotipo, o fenótipo e a genética são predominantes na beleza. Muitos já nascem umas “belezinhas”, mas o que determina se seremos bonitos, lindos, diferentes, interessantes ou Miss Universo são nossas atitudes.
A advogada, modelo, apresentadora e miss Kelly Baron, de Curitiba, concorda com o velho ditado de que a beleza de uma pessoa vem de dentro, parte da educação, da maneira de se portar e de ser. “Caráter, inteligência, bons princípios e saber zelar e cuidar da saúde do seu corpo já fazem de qualquer um, uma pessoa bonita. Agora, extrair a beleza de si exige um pouco mais de dedicação, requer uma boa dose de amor próprio”, afirma Kelly, mencionando, por exemplo, a importância de hidratar a pele, usar sempre o protetor solar e beber muita água. “Cuidar da alimentação, praticar atividade física e manter um estilo de vida saudável são regras fundamentais”, destaca a jovem de 27 anos, cuja carreira como modelo já tem projeção internacional.
Especialistas em beleza são unânimes em ressaltar a importância dos cuidados com a saúde do corpo. “Devemos realçar a beleza natural – essa é a palavra-chave –, realçar o que já existe. Os pacientes que desejam realizar cirurgia plástica ou outros procedimentos estéticos precisam ter amor próprio, prazer em se cuidar e desejo de aumentar sua autoestima”, destaca o médico cirurgião plástico Dr. Paulo Bettes, que tem 23 anos de experiência em Medicina. “E há um novo público muito importante, que deseja recuperar o tempo perdido. Em algum momento da vida, essas pessoas descuidaram da saúde e agora voltaram para resgatá-la, praticam atividade física, emagreceram, deixaram de fumar e lutam por uma boa alimentação. Sentem-se melhores, mais bonitos e querem dar um ‘up’ na autoestima”, ressalta Dr. Bettes.
Nossa modelo que o diga. Kelly nunca teve problemas de autoestima, mas já realizou procedimentos plásticos, é adepta de inúmeros tratamentos estéticos, malha e busca estar com a saúde em dia. “É preciso conciliar a beleza com a inteligência. A beleza sempre me ajudou a abrir portas, e mantê-la sempre com aspecto natural é o que procuro, para continuar conquistando novos trabalhos. Há oito anos aumentei meus seios e pude participar de ensaios para um catálogo de biquínis, o que melhorou minha autoestima. Venci concursos, além de viajar pelo mundo representando a beleza das brasileiras”, diz a Miss Curitiba e Paraná 2006, que participou recentemente de reality shows no Brasil e em Portugal.
Dr. Paulo afirma que é preciso inteligência até mesmo na hora de procurar a beleza. “Hoje temos uma infinidade de avanços na área plástica, técnicas avançadas, novos materiais, vasta literatura, próteses de alta performance e durabilidade, centros cirúrgicos específicos para este público e o trabalho das equipes multidisciplinares. Tudo para trazer maior conforto, segurança e bons resultados ao paciente. Mas o alerta é sempre buscar profissionais recomendados e membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, para que sua beleza fique ressaltada e preservada, com mínimos riscos”, enfatiza.
“Eu incentivo muito quem tem vontade de fazer algum procedimento, mas as pessoas devem sentir-se seguras, devem estar bem consigo mesmas. Nós, mulheres, quando nos sentimos belas, nos sentimos mais seguras e mais fortes, até nos relacionamentos. Cuidar do corpo faz bem para a alma, a pele, a saúde e melhora a nossa disposição. Assim, fica mais fácil nos tornarmos belas”, brinca Kelly.
Cirurgias Plásticas
Brasil caminha rumo à liderança no ranking mundial
É possível passar por uma cirurgia plástica estética a partir dos 15 anos de idade. Porém, é fundamental fazer uma avaliação minuciosa caso a caso, seja para uma intervenção na face ou corporal. Atualmente, os procedimentos estéticos contam com técnicas cirúrgicas avançadas que permitem a rápida internação e recuperação do paciente, oferecendo resultados satisfatórios e cicatrizes praticamente imperceptíveis. No entanto, para que isso aconteça, é muito importante escolher um profissional habilitado, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Segundo dados divulgados no início de 2013, a lipoaspiração foi o procedimento que levou o Brasil a ocupar o segundo lugar no ranking mundial de cirurgias plásticas, conforme pesquisa realizada em 2011 pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps) junto à SBCP. Depois disso, nenhum outro levantamento foi apresentado pelas entidades, embora exista grande expectativa de que o Brasil já tenha ultrapassado os Estados Unidos na proporção de cirurgias por habitante. Enquanto não se tem conhecimento de novas estatísticas, o que se sabe é que o Brasil quase dobrou o número de cirurgias estéticas realizadas naqueles quatro anos da pesquisa, com quase 100% de crescimento, e que a previsão para os dias atuais seja de um aumento de 20% sobre os últimos resultados.
Foram realizadas mais de 210 mil lipoaspirações nestes quatro anos. A segunda cirurgia plástica mais realizada foi o aumento das mamas, com 148,9 mil casos, e a terceira posição ficou com a abdominoplastia, com 95 mil. Outros procedimentos com destaque são a blefaroplastia, que é a cirurgia das pálpebras superiores e inferiores para a remoção de bolsas de gordura e da pele enrugada dos olhos, com um aumento de 120%, e a cirurgia de colocação de prótese nos glúteos, a gluteoplastia, que teve um aumento surpreendente de 367% no período pesquisado, tornando o Brasil líder mundial no número de colocação de próteses de bumbum. A cirurgia íntima, vaginal, a rinoplastia, correção do nariz, e a otoplastia, que é o procedimento cirúrgico para corrigir as “orelhas de abano”, também cresceram bastante. “Tivemos, neste período, 21,4 mil brasileiras que aumentaram o bumbum e nove mil mulheres aderiram à cirurgia do órgão sexual feminino, o que representa um grande avanço para a especialidade”, revela Dr. Paulo Bettes.
Para a SBCP, esse aumento significativo em quatro anos representa um ganho, conforme preconiza a própria definição de saúde da Organização Mundial de Saúde, que considera a cirurgia estética uma forma de obter “bem-estar social, físico e mental” do indivíduo. “Nesse contexto, se uma pessoa se sentir melhor com sua aparência renovada, terá sua autoestima elevada e, com isso, desempenhará melhor o seu papel na sociedade, no cuidado com sua saúde. A decisão por uma cirurgia plástica significa uma ferramenta importante rumo à sua integridade física, mental e emocional”, destaca Dr. Paulo.