Não consigo engravidar, e agora?
Estima-se que no mundo existam 100 milhões de casais tentando engravidar, de 80% a 85% deles conseguirão engravidar naturalmente em até doze meses
Se você está há um ano fazendo tentativas, e ainda assim não conseguiu a gravidez, está na hora de procurar ajuda médica. “Os fatores de infertilidade estão divididos igualitariamente, tanto nos homens como nas mulheres, 50% de cada um; portanto, é imprescindível que o parceiro também seja investigado”, destaca a médica Dra. Rejane Casare, especialista em Ginecologia e pós-graduada em Infertilidade Conjugal e Reprodução Humana, pela Sociedade Paulista de Reprodução Humana. De acordo com a profissional, as mulheres com idade superior a 35 anos não devem esperar mais do que seis meses de tentativas, já as que têm 40 ou mais devem procurar um especialista imediatamente.
“O primeiro passo é sempre a investigação do casal, nela identificamos qual ou quais fatores estão dificultando a gestação”, enfatiza. Essa análise é feita através de exames: para o homem solicitamos o espermograma, no qual o sêmen é avaliado quanto ao volume, concentração, número de espermatozoides, motilidade (porcentagem de móveis), morfologia (formas normais), entre outros. Na mulher, o detalhamento da análise é bem mais amplo. Os exames femininos são: Ultrassonografia transvaginal – Miomas, pólipos, malformações uterinas e cistos de ovário podem ser diagnosticados, além do padrão do endométrio, camada que reveste o útero internamente. Também é utilizado para acompanhamento da ovulação. O exame é importante, pois identifica as patologias mais comuns, como a síndrome dos ovários policísticos.
Avaliações hormonais – são exames de sangue que visam avaliar o padrão hormonal da paciente, principalmente a função ovariana (FSH, LH e estradiol). Podem ser solicitados exames de tireoide (TSH), prolactina, CA125, com o intuito de afastar a possibilidade de endometriose e sorologias.
Histerossalpingografia – esse é o único exame que permite avaliar a permeabilidade tubária – se as trompas estão livres e abertas para a captação do óvulo ao sair do ovário. Ele ainda avalia a cavidade uterina, havendo falhas de enchimento podem sugerir sinéquias (quando as paredes internas do útero se colam), miomas ou pólipos. Alterações na forma do útero podem significar malformações, que devem, ou não, ser passíveis de intervenção.
A inseminação artificial e a fertilização in vitro
O papel da reprodução humana é o de encontrar esses problemas, tratá-los e oferecer uma maior chance de sucesso na tão desejada gestação. A fertilização tem sido uma alternativa para milhares de casais.
“Os métodos de reprodução assistida envolvem a inseminação artificial, na qual o espermatozoide é introduzido no aparelho genital feminino; e a fertilização in vitro, quando os espermatozoides e os óvulos são retirados para uma fecundação externa e depois os embriões, já formados, são introduzidos. A taxa de sucesso dessas técnicas é alta, porém algumas pessoas precisam fazer mais de uma tentativa. Mas o sonho da maternidade e de constituir uma família pode contar sempre com esses grandes aliados”, finaliza Rejane Casare.
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