Menopausa
Por que a homeopatia é uma grande aliada nessa fase da vida
Mulheres. Elas são fortes, campeãs, líderes, mães, donas de casa, amantes, chefes de família, empreendedoras; mas, ao mesmo tempo, elas precisam ser meigas, sensíveis, delicadas, compreensíveis e refletem no espelho todas as emoções humanas.
Em um determinado momento chega a uma etapa da vida delas em que tudo parece desmoronar: a da menopausa! O fim do ciclo reprodutivo surge e vem, lentamente, chegando o climatério e posteriomente a menopausa, período improdutivo. Com isso, muitas ficam à flor da pele, derretem de calor, passam sufoco, vivem desconforto constante – tanto físico quanto emocional. A partir deste momento os sintomas começam aparecer tais como palpitações, alteração de humor, insônia, ressecamento vaginal, perda de libido, suores noturnos, sensibilidade na mama, indisposição física, redução da memória entre outros.
A menopausa não é uma doença, é um processo natural, faz parte do envelhecimento. Entre os 45 e os 55 anos, a mulher libera os últimos óvulos, e o ovário diminui gradativamente a produção de estrogênios, 60% menos, quase nenhuma progeterona. Já a testosterona continua sendo produzida até os 70 anos.
Estrogenos são responsáveis pela liberação de colágeno, pela hidratação e viço da pele e dos cabelos. Nessa fase da vida as carências metabólicas geram um desequilíbrio sistêmico em todo o organismo, provocando calorões, noites maldormidas, irritabilidade, dores de cabeça, fadiga, baixo libido, secura vaginal e depressão; sem contar que aumenta o risco de doença cardiovascular, e outras patologias. “Começam também as mudanças físicas como acúmulo de gordura abdominal, ganho de peso, enfraquecimento de unhas e cabelo. A progesterona em níveis adequados melhora a qualidade do sono e ajuda na fixação de cálcio nos ossos, sua perda aumenta a retenção líquida, o ganho de peso e diminue a disposição física. Estudos recentes dizem que ela é protetora cerebral”, esclarece a médica Dra. Maria Eliane Menon Forneck, especialista em Homeopatia e que possui 26 anos de prática clínica, tratando principalmente patologias decorrentes do envelhecimento.
Como prevenir e tratar os desconfortos
Para evitar e tratar os desconfortos, a primeira regra é sempre a prevenção. Adquirir bons hábitos de vida, praticar atividade física, não fumar e beber em excesso. Ter uma dieta balanceada, evitar alimentos industrializados, dando preferência aos orgânicos, farão grande diferença para receptores hormonais. Tratar ainda na pré-menopausa é outra medida eficaz. Começar a prevenir clinicamente aos 40 anos, para evitar seus efeitos no longo prazo. “Estar em dia com seus exames laboratoriais, de imagem e complementares, para verificar o surgimento de possíveis problemas; suplementar as carências nutricionais; desintoxicar e equilibrar são condutas médicas fundamentais para o organismo nesta fase”, destaca Dra. Menon.
A homeopatia é uma grande aliada, uma ciência médica reconhecida que vem conquistando números surpreendentes de adeptos. Essa técnica vê, analisa e trata o paciente como um todo, restaurando o estado de saúde por meio do equilíbrio. “Nós, médicos homeopatas, focamos prevenir, evitar, fortalecer e atenuar doenças, conduzindo o organismo ao caminho da cura. Mantemos uma relação estreita com o paciente, analisamos sua totalidade sintomática, o histórico de vida, os fatores ambientais e as atitudes no que diz respeito aos seus hábitos e a qualidade de vida, nas dimensões física e emocional”, ressalta Dra. Eliane Menon.
A especialista explica que restaurar a saúde do organismo é fazer ele movimentar-se para a autocura, sempre tratando de forma individualizada, restabelecendo suavemente o reequilíbrio do organismo. “Utilizamos fórmulas fracionadas, em gotas ou glóbulos, com elementos que impulsionam o corpo. Não tratamos com medicamento, com moléculas externas prontas, que agirão num organismo doente. Nós provocamos a reação de defesa com microelementos e criamos pequenos estímulos de efeito químico e molecular que fazem o organismo reagir”, completa. A médica enfatiza que esse é o princípio fundamental da homeopatia. “A desintoxicação de agentes químicos e metais provenientes dos alimentos industrializados e da indústria do agrotóxico são extremamente importantes, pois são esses agentes que interferem na comunicação dos receptores hormonais, responsáveis por comandar a produção de hormônios essenciais, que restauram a defesa do organismo”, evidencia Dra. Eliane Menon.
Homeopatia na menopausa, sem efeito colateral
Estudos de efetividade, feitos pelo ambulatório de Ginecologia da Unidade de Homeopatia do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo, revelaram que 89% das mulheres na menopausa, que foram tratadas pela homeopatia, apresentaram melhora, e 42% apresentaram total melhora de suas queixas principais. Para isso, realizaram 2,4 consultas, em média. Tudo isso sem apresentar qualquer efeito colateral. Nessas pesquisas, 11% das mulheres não apresentaram melhora.
A reposição hormonal é sem dúvida a terapia mais procurada. Mas, apesar disso, ainda existem muitos mitos e tabus sobre ela. Existem mulheres que não querem fazer a reposição hormonal, outras que querem porém não podem fazer por apresentarem algumas contra indicações, e algumas que querem e podem fazer.
São várias as opções para a reposição e os recursos para combater os distúrbios que envolvem essa fase da vida. Uma delas é a utilização de fito-hormônios, extraídos de plantas e que possuem efeito semelhante aos hormônios sintéticos, porém sem as reações destes; os hormônios bioidênticos são uma opção, outra é a homeopatia. “Hoje o importante é buscar tratamento e não ficar sofrendo, porque a menopausa pode vir a se tornar um distúrbio social, que isola e prejudica as relações pessoais – seja no casamento, família ou trabalho”, alerta Dra. Menon.
Hormônios bioidênticos são iguais aos naturais
Hoje, a reposição hormonal mais aceita pela classe médica é a com os hormônios bioidênticos. Eles apresentam maiores vantagens sobre os hormônios sintéticos, são manipulados de acordo com a necessidade individual de cada paciente e geralmente administrado na forma de gel, sob a pele; assim não precisa ser metabolizado pelo fígado. “O hormônio bioidêntico é igual ao nosso hormônio natural, por isso não causa efeito colateral quando as doses são biologicamente equilibradas. Afalta de hormônios é tão prejudicial quanto o excesso dos mesmos, deve ser prescrito, depois de uma bateria completa de exames, e jamais prescrito por um profissional que não seja médico. O paciente deve ser acompanhado periodicamente para ajustes de doses através de exames laboratoriais, imagens e relatos de sintomas”, insiste a médica.
Buscar alternativas mais naturais é sempre a primeira opção, pois, na grande maioria das vezes, já atenuam as principais queixas, eliminam os desconfortos e resgatam a qualidade de vida. Se a reposição for a indicação clínica, a médica recomenda sempre iniciar com frações menores e, podendo ainda aliar outras condutas. “É preciso entender que a menopausa age de forma diferente sobre cada mulher. Por isso é preciso fazer exames aprofundados e uma anamnese completa para dar início ao tratamento”, destaca Menon.
Preparar o organismo na pré-menopausa
“O acompanhamento clínico na menopausa é a chave, e o quanto antes buscar antes os sintomas vão embora. Há muitos pacientes que nem sentem ela chegar; já para alguns o processo é mais complicado”, ressalta a médica homeopata. A recomendação é preparar o organismo para essa chegada. Os primeiros sinais são a diminuição da periodicidade da menstruação e a diminuição do fluxo. Dra. Menon faz um alerta sobre a importância em se preservar o útero. “O aparelho reprodutor feminino é responsável por uma parcela da produção hormonal, e é preciso preservá-lo. Hoje há técnicas fantásticas para tratar miomas uterinos, endometrioses e inúmeras outras doenças (conduta feita por médicos especializados). Basta estar em dia com o check-up e manter sempre bons hábitos de vida. A médica explica que quem teve a retirada do útero e ovários (seja parcial ou total) já está em parte “menopausada”, ela passa a sofrer alguns sintomas e precisa de tratamento.
Existem mitos sobre a reposição hormonal por causa de câncer, aumento do número de mulheres infartadas e outras dúvidas e rótulos. O fato é que os tratamentos médicos possuem benefícios preventivos – tanto para o sistema ósseo, no combate à osteoporose, como no bem-estar geral, no sono, na energia e disposição, na memória –, sem os efeitos da menopausa. Por isso se faz necessário o trabalho de um médico, experiente e capacitado, que esteja sempre atualizado com o que há de mais seguro e efetivo nos tratamentos e prevenção dos sintomas naturais do envelhecimento.
A homeopatia, ao tratar os pacientes de forma integral, previne e evita inúmeras doenças, revitalizando todo o organismo. “Tudo o que fazemos tem como objetivo propiciar um envelhecimento com qualidade, saúde e vitalidade ao paciente. Entenda ele que o seu estilo de vida e os cuidados que tem com o corpo determinarão a sua longevidade”, finaliza a médica.
Depressão ou falta de desejo sexual?
Na ótica médica, o bom funcionamento da mente depende de uma rede de comunicação entre os neurônios – que são as células do sistema nervoso – com todas as demais células do corpo. Para isso ocorrer, as células e o próprio organismo produzem neurotransmissores, hormônios e aminoácidos, que, juntos com outras substâncias químicas, se interligam e enviam as informações e comandos para o bom funcionamento de todos os órgãos.
Nesse sentido, para a mente funcionar plenamente é preciso que todos esses elementos estejam regulados, em equilíbrio, e que não haja outros agentes externos – como toxinas e metais pesados – que possam vir a confundir, atrapalhar ou prejudicar essa rede de comunicação. “Por exemplo, se a dopamina – que é um poderoso neurotransmissor, que ajuda no aprendizado, no humor, no lado cognitivo, nas emoções e é um grande estimulante do sistema nervoso central – se desregular e ficar com níveis baixos, pode gerar alguns transtornos”, revela Dra. Eliane Menon Forneck. Outro neurotransmissor essencial é a serotonina que regula o humor e o apetite. Já a adrenalina tem ação de defesa, em uma situação de estresse e ansiedade. Então, todos os hormônios, neurotransmissores, minerais, vitaminas, tudo em nosso corpo está interligado!
O sobe e desce de hormônios influencia no desejo e comportamento sexual, e é importante que a sexualidade vivida na menopausa seja fonte de prazer. Com o fim da menstruação e a redução considerável na produção hormonal, infelizmente, esse quadro muda. Entende-se por falta de desejo sexual uma diminuição ou perda de interesse, também conhecido como falta de libido. O excesso ou a queda na produção de hormônios são as principais causas que interferem no desejo, quando isso ocorre é importante o acompanhamento médico para reversão dos sintomas.
Devemos buscar a cura, mas ela sempre passa pela mudança de hábitos e a vontade de aprender a viver com saúde, finaliza Dra. Menon Forneck.
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