Hemorróidas? Esqueça o medo
Técnica cirúrgica do grampeamento, conhecida por PPH, é o fim do desconforto pós-operatório e garantia de cura da doença
Enfrentar o pós-operatório de uma cirurgia de hemorroidas é um pesadelo para a maioria das pessoas que precisam passar pelo procedimento. O medo faz com que alguns pacientes adiem por anos a decisão de fazer a cirurgia, encarando só quando realmente não conseguem mais conviver com os incômodos do problema. Mas uma nova técnica – que na verdade já é adotada há 10 anos pelo médico coloproctologista Dr. Marison Koji Uratani – traz alívio e conforto aos pacientes. Trata-se do PPH.
O aparelho é um grampeador que corta e sutura uma área que está a quatro centímetros do ânus. Dr. Uratani descreve que esse procedimento corta o vaso que irriga a hemorroida e, como consequência, ela murcha e não volta mais. No pós-operatório dessa cirurgia não é preciso banhos de assento, uso intenso de pomadas e nem passar 30 dias afastado das atividades de trabalho e do convívio social como acontece na cirurgia tradicional.
O médico explica as diferenças. “No procedimento convencional é retirado todo o tecido doente com tesoura e depois o vaso que alimenta a hemorroida é ligado. Em média, o paciente tem de três a quatro mamilos hemorroidários e em todos eles será feito esse procedimento. É daí que vem a dor, a ferida precisa ficar aberta nessa área para evitar infecção, pois é uma área contaminada”, descreve. Por isso, nesse caso, banhos de assento e pomadas passam a fazer parte da rotina do paciente por pelo menos um mês, e ele nem pode pensar em usar papel higiênico.
Na técnica que utiliza o PPH, já é feito o corte e a sutura no local, sem feridas na parte externa do ânus. “Nesse procedimento, só mexemos na parte interior onde o vaso irriga a hemorroida. Sem esse vaso, ela murcha e é muito difícil haver recidiva. Em 10 anos nunca tivemos nenhum caso”, revela o médico.
Foi lendo um artigo em uma revista de saúde que a enfermeira Lucineide Moleiro Pereira, de 44 anos, conheceu o PPH. Com a novidade, ela nem teve receio de enfrentar a cirurgia. “Descobri que estava com uma trombose devido à dor e marquei logo uma consulta. Como eu conheço a técnica comum, acho que não ia aceitar fazer aquela cirurgia, pois é muito dolorosa. Sou enfermeira, conheço como é a cirurgia convencional, escuto as queixas dos pacientes e sei que o pós-operatório é complicado. Quando descobri sobre a nova cirurgia não teve como não fazer”, compara.
O novo método foi, nas palavras dela, supertranquilo. “Não teve nenhum problema. Fiz a cirurgia pela manhã e no final da tarde recebi alta. Nem dor eu senti”, salienta. Lucineide destaca que é muito importante seguir as recomendações do médico para ter um pós-operatório tranquilo. “Fiquei bem satisfeita. Não precisei de repouso, fiz as minhas atividades normais. Na semana seguinte já estava fazendo ballet, pilates e condicionamento físico”, exalta a enfermeira. Por tudo isso, ela tem certeza de que a técnica foi a melhor escolha. “A partir do momento em que o paciente segue as orientações do médico no pós-operatório, a recuperação é rápida e tranquila. Procurei melhorar ainda mais a minha alimentação e hoje chego a ir ao banheiro até três vezes por dia, sem nenhum problema”, conta.
Lucineide se beneficiou das informações divulgadas pelos meios de comunicação e acredita ser importante que essas novidades médicas cheguem a todos para que possam usufruir dessas tecnologias. “A medicina tem conseguido mostrar o que há de novo no mercado. Até o meu médico vascular, que não conhecia essa técnica, agora sabe do procedimento”, pontua.
A informação está ao alcance de todos. Não corra riscos. Leia, compartilhe e utilize em seu benefício as inúmeras novidades da medicina.
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