Fisioterapia pélvica resgata a feminilidade
Os tratamentos funcionais vão além da incontinência urinária, eles restauram o prazer, a libido e também revitalizam a região intima da mulher
O autoconhecimento e a busca pela sexualidade ainda são tabus para diversas mulheres. Apesar da ampla discussão sobre sexualidade pela sociedade, continuam existindo fatores culturais e tradições que precisam ser desmistificados; afinal, estamos falando de saúde. “Saúde mesmo – física, emocional e relacional –, porque o prazer e o amor não podem ser afetados por disfunções musculares que prejudicam e ‘acorrentam’ essas mulheres, que simplesmente abdicam de suas necessidades e desejos apenas por não buscar soluções para problemas tão comuns do assoalho pélvico, seja por vergonha ou pura falta de conhecimento”, explica Dra. Cláudia Judachesci, que é fisioterapeuta, especializada em Uroginecologia e Clínica de Dor pelo Hospital Albert Einstein, Mestre em Biotecnologia Industrial na área da Saúde e responsável pelo Institute Clinicare em Curitiba.
De acordo com a especialista, a mulher moderna, apesar da correria, trabalho e obrigações, está sim preocupada com as disfunções que afetam sua qualidade de vida e seu bem-estar, sejam elas emocionais, físicas, sexuais ou estéticas. “Hoje, temos inúmeros procedimentos fisioterapêuticos direcionados para a reabilitação da região íntima e das funções do assoalho pélvico, que, além de restaurar, resgatam a saúde, a autoestima e o prazer”, destaca. Resgatando funções O assoalho pélvico tem grande importância para o corpo humano, tanto para a saúde do homem, quanto para a mulher. Ele sustenta órgãos como bexiga, útero, ovários, além de contribuir para o controle dos esfíncteres e é o grande responsável pela qualidade sexual. Como todo músculo, ele sofre enfraquecimento ao longo da vida, o que pode gerar as disfunções. No caso das mulheres, a gestação afeta e sensibiliza essas estruturas, por isso é uma região que precisa de um suporte especializado para ser fortalecida e tratada corretamente. “O assoalho é um grupo de músculos, que, auxiliados por ligamentos, fáscias e tecidos, sustentam órgãos importantes, servem de pilares de sustentação para a bexiga e o útero e ajudam no controle urinário, fecal e nas funções sexuais que incluem o prazer”, ressalta Dra. Cláudia.
“o prazer e o amor não podem ser afetados por disfunções musculares…”
A fisioterapeuta explica que todos os pacientes passam por uma avaliação na qual se mensura a força muscular de cada região, a anamnese clínica, os relatos e os exames complementares que definirão o protocolo personalizado do atendimento. “Por eletromiografia, verificamos o estado dos músculos e traçamos um gráfico a cada sessão; os exercícios são feitos com estímulos de correntes eletromagnéticas, pelo biofeedback computadorizado; e é possível acompanhar a evolução de cada musculatura e do resgate de suas funções durante os atendimentos”, enfatiza. A técnica evidencia a capacidade de contração e relaxamento da musculatura e promove uma melhor percepção e controle sobre o músculo perineal. Esse controle é o que permite a realização de exercícios e o fortalecimento, aliado aos micropesos e correntes que contribuem para o sucesso do tratamento. “A ginástica hipopressiva e a eletroterapia são outras técnicas que colaboram para esse controle. A ginástica trabalha os músculos do assoalho, do abdômen até o tórax; já a eletroterapia utiliza pequenos eletrodos para a contração muscular”, destaca a especialista em Uroginecologia.
Dra. Cláudia explica que as duas queixas mais comuns são a flacidez muscular, que traz a falta de sensibilidade e de controle, e a incontinência urinária, por causa de pequenos esforços. São resultantes de uma musculatura enfraquecida, que começa a perder as funções das fibras musculares. “Ocorre ao tossir, gargalhar, espirrar ou devido a uma atividade física intensa, e deve ser avaliada para que se resgate as funções. Uma vez não tratada, ela pode evoluir ao ponto de a mulher ter de passar a utilizar protetores e absorventes para evitar constrangimentos, levando ao aumento da incidência”, declara.
Recuperação da sexualidade
Sem dúvida alguma, o autoconhecimento e a autoconfiança são a chave para uma vida mais feliz em muitos aspectos, principalmente o sexual. Ter controle sobre o seu corpo torna a vida ainda mais plena. Por isso, a procura pelo tratamento está em alta. As inovações não param. De acordo com Dra. Cláudia, é possível revitalizar toda a região pélvica feminina. “Os métodos envolvem a tecnologia para clareamento dos grandes lábios e virilha; e a Radiofrequência Íntima estimula a produção de colágeno e resgata o tônus, a força, o suporte da musculatura, a coloração, o estreitamento do canal vaginal e ainda melhora a sensibilidade”, revela a especialista. A profissional faz questão de enfatizar que os homens também são beneficiados pela fisioterapia uroginecológica em vários aspectos – desde problemas de ereção, ejaculação e até o suporte relacionado à cirurgia de próstata. “É preciso ficar atento à informação e buscar saúde e qualidade em todos os aspectos, não importa a idade”, enfatiza a especialista, que trata até casais com mais de 70 anos. “Alguns procedimentos podem até parecer apenas estéticos, mas os resultados funcionais impressionam a todos, pois homens e mulheres relatam uma melhora na atividade sexual”, esclarece a Dra. Cláudia. Outras técnicas que rejuvenescem o aspecto da região íntima são a Biofototerapia, tratamento com laser e os bioestimuladores, que devolvem o volume, deixando com aparência mais jovial; além do Microagulhamento Íntimo (MI), que, associado a outras técnicas, melhora os tecidos.
Tratamento preventivo
A fisioterapia pélvica nasceu na França, onde é amplamente difundida. Lá, as campanhas de prevenção atingem pessoas de todas as idades. Para as gestantes, começa o mais cedo possível e vai até o período pós-parto, o que aumenta consideravelmente a incidência de partos naturais, minimiza riscos e possíveis complicações e ainda possibilita uma recuperação mais rápida. No Brasil, ela já é reconhecida por recuperar as funções de todo o grupo muscular do assoalho, atuando juntamente com médicos ginecologistas, obstetras, doulas (mulheres que dão suporte em partos naturais) e urologistas. Ainda faltam campanhas para conscientizar dos benefícios que podem ser alcançados com a técnica. A bancária Nilva Maria Hanauer, 54 anos, leu sobre o assunto e quis fazer uma avaliação. “Tinha curiosidade em saber como estava a musculatura do meu assoalho pélvico, e levantaram-se pontos importantes. Como na minha avaliação não foram identificados problemas, a profissional me passou exercícios para fortalecer e prevenir aquelas situações em que eventualmente pode sair aquela gotinha de urina na calcinha e também a flatulência vaginal na hora da relação”, conta Nilva. Depois de uma análise funcional, foi recomendada a Radiofrequência Íntima para ajudar na estimulação e produção de colágeno. “Já na primeira sessão a resposta foi muito boa, nunca havia imaginado os cuidados que poderíamos ter com essa região que considero importante. Nós lembramos do cabelo, do corpo, da pele, mas esquecemos da nossa pelve, em que, além de tratar a questão funcional e melhorar o prazer, podemos revitalizar a estética”, destaca a bancária.
O acompanhamento, faz a diferença!
A engenheira Maria de Fátima*, 36 anos, sofreu de incontinência urinária após sua primeira gestação. Com o diagnóstico de bexiga hiperativa e fraqueza muscular do assoalho pélvico, ela buscou tratar o problema. “O tratamento foi longo em razão do meu alto grau de fraqueza da musculatura do assoalho e por acumular o problema de hiperatividade vesical”, afirma. “A melhora foi gradual, sessão a sessão, e percebemos um avanço significativo quando foi associado à Radiofrequência na região perineal”, conta Maria de Fátima, que conseguiu se reabilitar. A engenheira teve sua segunda gestação toda acompanhada pela uroginecologia, o que fez toda a diferença. “Hoje, controlo a vontade de ir ao banheiro, vou com muito menos frequência e inclusive comecei a tratar a estética da parte íntima e estou aprovando os resultados!”, celebra. Muitas das disfunções podem ser evitadas com uma rotina de vida adequada. Dormir bem e dentro do esperado, reduzir a ansiedade, ter uma boa dieta e praticar exercícios, tornarão a vida de qualquer pessoa mais saudável, e isso se reflete inclusive na vida sexual. A práica desses hábitos também evitará que os problemas reapareçam.
* O nome da depoente foi alterado a pedido da mesma.
FISIOTERAPIA TRATA AS DISFUNÇÕES SEXUAIS MASCULINAS
As disfunções sexuais caracterizam-se por alterações que podem ser percebidas nas fases do desejo, da excitação e do orgasmo. Manter a vitalidade, a libido e o prazer ao longo da vida se tornou um desafio diante do estresse do dia a dia. As disfunções sexuais acometem cerca de 30% dos homens em todo o mundo; as principais são as dificuldades de ereção e do controle ejaculatório. Nos mais jovens, predomina a ejaculação precoce; ocorre quando há dificuldade, recorrente, na capacidade de controle da ejaculação. Já a disfunção erétil prevalece com o decorrer da idade e se caracteriza pela incapacidade em manter ou alcançar a ereção plena durante o ato sexual; outro problema é a ejaculação tardia, também comum para os homens na meia idade. “Essas alterações refletem na qualidade de vida, geram baixa autoestima, insegurança e até quadros de depressão. É preciso entender que os motivos que levam às disfunções são multifatoriais – estresse elevado e fatores psicológicos podem estar relacionados. Há ainda, doenças como diabetes, hipertensão, obesidade, alterações hormonais, entre outras. Existem também os fatores físicos, que se referem ao enfraquecimento muscular do períneo e da musculatura que envolve o pênis. A fisiossexologia, também conhecida como fisioterapia pélvica, é a especialidade que atua na recuperação desses músculos”, explica Dra. Viviane Wallbach Ribeiro, fisioterapeuta, que é especialista na área há 13 anos e faz parte da equipe do Institute Clinicare.
De acordo com a especialista, é necessário compreender que o órgão sexual masculino engloba um complexo muscular, que precisa estar com suas estruturas saudáveis, fortalecidas e com uma a irrigação sanguínea adequada. “A fisioterapia pélvica possui técnicas e recursos específicos que promovem o fortalecimento desses músculos e consequentemente a ereção é prolongada e o controle na ejaculação aumenta”, destaca a especialista. Os protocolos de exercícios com estímulos elétricos e de biofeedback, permitem ao paciente aprender de forma correta, a contração para o efetivo treinamento muscular e desenvolvimento da força e ganho de potência. Fortalecer os músculos e a autoestima A radiofrequência também é usada para o ganho da força. A técnica utiliza ondas de calor que proporcionam uma melhora da camada de tecido conjuntivo que reveste o corpo cavernoso e esponjoso do pênis, chamada de túnica albugínea. Essa camada ajuda no aprisionamento sanguíneo, o que reflete na ereção do pênis. O tratamento recupera as funções e proporciona maior confiança e segurança ao homem. A consequência é o prazer mais intenso. “Homens que praticam exercícios sentem que dão mais prazer, pois conseguem prolongar o tempo de ereção e retardar a ejaculação. O resultado positivo é relatado a cada sessão! Os atendimentos são realizados uma vez por semana e orienta-se à prática domiciliar”, relata Dra. Viviane.
Não importa a idade, a função sexual pode ser recuperada através da fisiosexologia e ser atingida de maneira plena e satisfatória e sem o uso de medicamentos. Aos primeiros sintomas procure um médico e inicie o tratamento. A satisfação sexual faz bem para o corpo e para vida. O Instituto Clinicare oferece serviço com atendimento sigiloso e está preparado para um atendimento discreto e seguro.
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