Fisiosexologia

Aprendendo a controlar o prazer

A ejaculação precoce não é um “bicho de sete cabeças” e pode ser tratada por meio das técnicas da fisioterapia pélvica e Fisiosexologia, sem uso de medicação ou cirurgias

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Na juventude, a falta de educação e orientação sexual, o medo do desempenho na cama e a falta de experiência são alguns fatores que desencadeiam, nos homens, a ejaculação precoce. Ela pode ser de origem primária, ou seja, desde o início da vida sexual, ou secundária, aquela que aparece após um período de normalidade, já na fase adulta. Ambas acabam afetando os relacionamentos e a qualidade de vida dos casais.

A principal causa da ejaculação precoce, em todas as faixas etárias, está relacionada ao Sistema Nervoso Central (SNC), o que gera ansiedade e frustração. Somada a este descompasso e desarmonia do SNC, existe a parte muscular da região de pênis e períneo, que normalmente está enfraquecida; além da hipersensibilidade da glande, ocasionada pelo reflexo entre uretra e próstata, que fica aumentado nos homens que apresentam a ejaculação precoce, adverte a fisioterapeuta Dra. Priscila Calil Hermann, da Perfecto – Soluções em Sexualidade, que possui formação internacional em fisioterapia uroginecológica e Fisiosexologia.

O empresário D. R.*, de 52 anos, sempre apresentou ejaculação precoce. Com o tempo, a disfunção erétil também apareceu. “Já tinha feito tratamento convencional, com uso de medicamentos e psicoterapia, e até obtive resultado, mas após um tempo o problema voltou. Somente com as sessões de fisioterapia e as orientações da profissional meu prazer durante as relações melhorou. Não sinto mais frustração nem culpa, pois o tempo das minhas relações melhorou muito e até a rigidez da ereção é maior”, afirma o paciente.

Durante o ato sexual, a perda do controle antes mesmo da penetração e/ou a ejaculação poucos minutos após a penetração são as queixas mais comuns. “Seja qual for o caso, a ejaculação precoce está associada a altos níveis de estresse no relacionamento a dois, prejudicando a vida conjugal. Daí a importância de ser tratada a tempo de se evitar outras disfunções sexuais, e de o homem, neste processo, contar com a ajuda de uma parceira compreensiva, que coopere durante o tratamento”, acrescenta a especialista.

 

Inteligência sexual

O diagnóstico cinésio-funcional, realizado pela fisioterapeuta, é realizado conforme análise criteriosa da história do paciente que, geralmente, procura ajuda porque está com dificuldade de satisfazer a companheira e em toda parte muscular e de inervação de pênis e períneo. A grande vantagem da Fisiosexologia, que é uma técnica da fisioterapia pélvica realizada por meio de aparelhos, é que o paciente não precisa tomar medicação nenhuma para aprender a controlar sua ejaculação. É uma técnica eficaz tanto para tratar a ejaculação precoce como a ejaculação retardada, assim como a disfunção erétil ou impotência. Serve ainda como prevenção e também ajuda a potencializar o desempenho sexual de homens e mulheres.

O médico L. N.*, de 27 anos, desde a adolescência precisou tomar medicação para ansiedade. Quando parou, seu controle ejaculatório piorou muito. “Fiz dez sessões de fisiosexologia, durante as quais me senti muito tranquilo e seguro. Finalizei o tratamento há três meses e os resultados a cada relação são melhores. Desenvolver a inteligência sexual é “o pulo do gato”, nunca vi nada assim. Sou muito agradecido à profissional, que me ajudou a ver o que eu fazia de errado para poder melhorar minha saúde sexual”, comemora.

“Os exercícios realizados com as técnicas da fisioterapia pélvica, voltadas à sexualidade (Fisiosexologia) visam o fortalecimento da região genital do paciente – pênis e períneo -, por meio de aparelhos fisioterapêuticos que emitem ondas de percussão, ultrassom e eletroestimulação. O objetivo do tratamento é aumentar o número de fibras musculares da região, transformando-as para ficarem mais resistentes”, acentua Dra. Priscila. As sessões de Fisiosexologia variam de cinco a 12 atendimentos, conforme o caso. “Os resultados costumam aparecer já nas primeiras sessões, devido ao novo condicionamento sexual ensinado aos pacientes”, acentua a fisioterapeuta, que recomenda uma série de modificações no comportamento sexual dos pacientes para que mantenham os resultados e uma vida sexual plena.

*Os nomes dos pacientes foram abreviados para preservar suas identidades.

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