Fisioterapia

95% dos problemas de coluna podem ser tratados sem cirurgia

Os avanços das tecnologias de comunicação e virtualização são ótimos, porém nos fazem viver imersos em posturas erradas; seja no celular, computadores e até na televisão. Além disso, a dependência digital acaba diminuindo a prática de hábitos saudáveis, que somada ao sedentarismo nos torna ainda mais suscetíveis às lesões.

Segundo o fisioterapeuta e diretor clínico do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral (ITC), Dr. Giuliano Martins, especialista em Ergonomia, essa combinação de maus hábitos, sedentarismo e falta de alongamento e fortalecimento muscular é uma das causas que levam pessoas de todo o mundo a buscarem clínicas médicas e fisioterapêuticas para tratamento da dor. “Todos esses fatores agregados à postura incorreta e à obesidade ou sobrepeso provocam desequilíbrios posturais, ocasionam dores localizadas e, dependendo do grau da patologia, podem se agravar e acarretar dores reflexas e generalizadas. Investigando o quadro de cada paciente, podemos identificar as causas das dores; e vemos que há um número cada vez maior de pessoas, até mesmo adolescentes, que buscam ajuda para tratar dores e problemas relacionados à coluna”, explica o especialista.

Dor no ciático

As queixas de dores lombares e nas pernas, o famoso “ciático”, são bem comuns. Elas normalmente provêm de algum processo inflamatório no próprio nervo ciático ou de alguma lesão na coluna localizada na região lombar. Inicialmente, não causam incapacidade motora ao paciente, mas com o passar do tempo o quadro clínico pode se agravar, provocando dores severas e, consequentemente, resultando em um tratamento mais prolongado e também custoso. O uso indiscriminado de medicamentos e tratamentos paliativos, sem o acompanhamento profissional, faz com que muitos pacientes convivam com a dor, o que diversas vezes agrava o problema. Muitos evitam até de ir ao ortopedista, por medo de uma cirurgia. “O tratamento fisioterapêutico especializado é recomendado na maioria dos problemas. 95% das dores nas costas e coluna não são casos para uma intervenção cirúrgica”, afirma o profissional.

A hérnia de disco

Uma das maiores causas de dores nas costas é a hérnia de disco. Ela ocorre quando há exposição do núcleo do disco intervertebral, que pode acontecer devido a várias razões: desde a má postura, sedentarismo, hereditariedade, idade avançada, traumas de repetição, até a fatores que contribuem para a degeneração – por exemplo, o tabagismo. É um processo doloroso e pode resultar em incapacitação em estágios mais severos.
“A dor é um alerta. No caso dos discos intervertebrais, quando há uma compressão maior, pode provocar, além de dor, perda de força, da sensibilidade de algum membro ou área do corpo e ainda outros sintomas, dependendo de que região da coluna a hérnia de disco está localizada”, destaca o Dr. Giuliano.

Existe uma grande possibilidade de tratamento efetivo dessas dores sem cirurgia. Para isso, contamos com um método desenvolvido pelo próprio ITC: a Reconstrução Músculo-Articular (RMA), que utiliza técnicas manuais de fisioterapia validadas cientificamente, mesas de tração, entre outros aparelhos com tecnologia avançada. Em muitos casos, os tratamentos podem ser aliados uns aos outros. “No Método Mckenzie, por exemplo, o paciente pode realizar a técnica em casa após ser devidamente orientado por profissionais habilitados. O que contribui muito para sua melhora efetiva”, ressalta o fisioterapeuta.

Livre das dores

Com um exame de raios X em mão, Gilka Costa, 74 anos, procurou tratamento: “Eu estava com muitas dores na coxa esquerda, tinha problemas para subir escadas e rampas, fiz as radiografias e levei ao profissional. O especialista me explicou como funcionava, me recomendou 10 sessões em aparelhos de tração e mais 12 sessões de exercícios, em 20 dias eu já estava sem dores”, conta a dentista aposentada.

“Meu médico me disse que eu já estava com pressão no disco lombar e, por isso, a dor que eu sentia na perna não era necessariamente na perna, mas sim o reflexo de um problema nas costas. Se eu demorasse mais um pouco, poderia comprometer meus movimentos. O melhor de tudo foi que eu não precisei tomar nenhum remédio e evitei uma cirurgia!”, comemora Gilka.

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