Avanços da Medicina

Vitamina D: Exponha-se ao sol!

Essencial para a saúde. Saiba qual o papel dessa vitamina em seu organismo e como pode ser feita a reposição

Exclusivo Portal vitamina-d+claudia-kloster_

Muita gente desconhece, mas, a vitamina D é essencial ao organismo humano. Ela é a responsável pela absorção de cálcio, atuando diretamente na saúde dos ossos, além de mais de 200 outras funções. A melhor parte? Para absorvê-la não é preciso muito esforço: basta expor-se ao sol!

É quase impossível conseguir quantidades adequadas de vitamina D a partir de dietas, isso porque, ela é sintetizada a partir da luz solar. Entretanto, com as atuais altas temperaturas, a exposição ao sol precisa ser comedida, devido aos altos níveis de radiação UV, que traz vários prejuízos para a saúde, como, por exemplo, câncer de pele e catarata, além de envelhecimento precoce. Mas, basta expor braços e pernas, por exemplo, à luz solar, sem protetor, durante 15 minutos, três vezes por semana. “Ela é essencial para o corpo, mas, por conta de vários fatores, como idade, posição do país no planeta e frio, fica impossível absorver índices consideráveis deste nutriente”, explica a Nutróloga Dra. Claudia Kloster.

Nos períodos mais frios, a deficiência de vitamina D na população chega a quase 80% no sul do país e este baixo índice causa sérios danos à saúde. “Sem vitamina D suficiente, o corpo não pode absorver o cálcio fornecido pela dieta ou por suplementos, o que afeta diretamente a saúde dos ossos e, geralmente, leva à osteoporose. Quando ocorre na infância, a deficiência de vitamina D provoca o raquitismo, que é a falta de calcificação dos ossos”, explica a Dra. Claudia.

Além disso, o baixo índice de vitamina D também está associado à ocorrência de doenças autoimunes, onde o organismo agride a si mesmo, como a esclerose múltipla, neurite óptica, polineuropatia, artrite reumatoide, lúpus, doença de Crohn, retocolite ulcerativa, doença celíaca, cirrose biliar primária, hipotireoidismo (tireoidite de Hashimoto), uveíte, episclerite, psoríase, vitiligo, abortos no primeiro trimestre da gestação, doença periodontal, diabete infanto-juvenil, alergias e etc. Também encontram-se associadas à deficiência de vitamina D outras doenças como câncer, hipertensão, depressão, distúrbio bipolar, esquizofrenia, infertilidade, malformações congênitas, dor crônica (incluindo-se a fibromialgia e a enxaqueca), doenças neurodegenerativas (como Parkinson e Alzheimer) e etc.

 

Quando o sol não é uma opção

Há pessoas que possuem maior dificuldade de absorver a vitamina D, como idosos (a pele de um individuo de 70 anos absorve apenas um quarto da quantidade produzida por um de 20); com sobrepeso (a gordura acumulada sob a pele sequestra a vitamina D da circulação e em geral a necessidade de vitamina D nesses indivíduos é duplicada em relação a uma pessoa com peso normal para a mesma estatura) e com pele escura (a melanina reduz a absorção dos raios solares produtores de vitamina D).

Também existem as pessoas que possuem alergia ao sol, também chamada de erupção cutânea fotoalérgica, e os albinos, sendo que, nestes casos, buscar a reposição é a melhor alternativa. “Estas pessoas sempre terão que fazer a reposição, seja porque o corpo deixou de sintetizar a vitamina D ou porque expor-se ao sol não é uma alternativa”, diz a Dra. Claudia. Ela explica que não qualquer pessoa pode fazê-la. “Cada caso precisa ser avaliado com base em exames clínicos prévios, não há contraindicação ou reação pós-reposição”.

+ Saiba mais