Fonoaudiologia

Prevenção da surdez começa ao nascer

E para quem já convive com problemas auditivos as soluções vão desde personalizados aparelhos até o implante

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Quem nunca ouviu falar do teste do pezinho? Pois é, um antigo conhecido dos pais, feito nos bebes recém-nascidos, para detectar, precocemente, doenças metabólicas, genéticas e/ou infecciosas que podem causar lesões irreversíveis na criança.

Tão importante quanto ele, porém, menos conhecido, é o teste da orelhinha. Considerado o primeiro passo para prevenir a deficiência auditiva ou até mesmo de remediar, no caso dos bebês que apresentam surdez congênita.

Agora, para quem já convive com algum tipo de problema auditivo, especialistas são categóricos ao dizer que é possível ter uma boa qualidade de vida, mesmo quando o grau de surdez é profundo. Não é à toa que nos últimos tempos muito se usa o jargão “só não ouve quem não quer”.

A evolução científica e tecnológica possibilita até mesmo às pessoas que nasceram surdas passar a ouvir. Os tratamentos vão desde avançados aparelhos auditivos até o chamado implante coclear.

As boas notícias agradam também aos ouvidos de quem pensa em procurar um especialista para fazer um teste auditivo, mas, tem medo do que vai ouvir.

Os aparelhos

Muitas pessoas resistem a procurar ajuda profissional, o que pode agravar o problema auditivo, por acreditar que o uso do aparelho é chato, desconfortável e difícil. Se você faz parte desse universo, tire a pulga de trás da orelha.

Segundo a fonoaudióloga e mestre em Distúrbios da Comunicação Dra. Izabella Pedriali de Macedo, da Central Auditiva – Central de Serviços e Aparelhos Auditivos, o avanço tecnológico possibilitou a produção de aparelhos auditivos mais inteligentes e com design moderno. “São discretos, bem confortáveis, e funcionam até mesmo para uma pessoa com surdez profunda ou que nunca ouviu.”

Para detectar se possui algum problema de audição basta que a pessoa use o aparelho auditivo por duas semanas, como teste. Só após esse tempo, e caso note diferença, é que ela decidirá pela continuidade ou não do seu uso.

Será?

E se você é uma daquelas pessoas que fala muito alto, deixa o volume da TV e do rádio “lá em cima”, ou vive perguntando: Hãm? Hum? O que foi que você disse? É um forte candidato a ter um problema auditivo.


Implante Coclear

Uma outra opção, para quem sofre com surdez profunda, é o Implante Coclear. O procedimento substitui a função da cóclea, órgão do ouvido que codifica os sons, transforma os sinais sonoros em impulsos elétricos, e possibilita a uma pessoa a capacidade de ouvir.

Segundo Dr. Maurício Buschle, cirurgião otorrinolaringologista e chefe da equipe multidisciplinar de implante coclear do Hospital Iguaçu, a cirurgia pode ser indicada para adultos e crianças acima de um ano. “Outra recomendação é para pacientes com perdas moderadas”, complementa ele, lembrando que o implante também é considerado tratamento de ponta para zumbidos.

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