Responda rápido: Você é feliz? Sim ou não?
Bateu aquela dúvida? Será que sabemos de fato o que é a felicidade? Qual o caminho da felicidade?
Qual o caminho da felicidade? O tema foi amplamente debatido esta semana no último encontro deste ano do Globo Saúde e Bem Estar. Segundo matéria do portal de notícias, Globo.com, especialistas discutiram a contradição de uma sociedade que vive o “imperativo da felicidade”, mas enfrenta a depressão como um dos principais males da atualidade.
Ainda de acordo com a matéria, se a busca pela felicidade já foi relegada a um segundo plano no passado, hoje ela conquista a atenção da neurociência e da medicina. Inclusive, faz parte das diretrizes de entidades de saúde. Tanto, que a Organização Mundial de Saúde (OMS) define a saúde como um estado completo de bem-estar físico, mental e social, e não apenas como a ausência da doença.
Mas, porque numa sociedade que preza tanto a felicidade vemos tanta gente infeliz? E, é possível ter felicidade mesmo quando estamos tristes ou passando por momentos de crise?
A Revista Corpore foi atrás dessas respostas, e descobriu que sim? Podemos ter felicidade mesmo quando estamos tristes. Descobrimos mais: Comer bem é combustível para alcançá-la.
Tristeza ou falta de felicidade?
De acordo com a psicóloga especialista em logoterapia, Dra. Deuza Avellar, a felicidade é um estado de espírito. Por isso, estar triste não significa que somos infelizes. “A felicidade não é algo que se põe e se tira. As pessoas confundem estado de tristeza com falta de felicidade”, diz ela. Tanto que um dos grandes desafios da psicologia é ajudar a ressignificar a Felicidade, conta a psicóloga.
Sendo assim, a felicidade independe de você estar vivendo um momento muito bom ou de crise. “Eu posso estar triste ou feliz, como expressão de sentimento. É como eu me sinto em relação às circunstâncias do que estou vivendo. Mas, a felicidade tem que fazer parte do meu interno”. O que segundo ela, é possível.
Sonho realizado
E mais, de acordo com a psicóloga, ter imóveis e outros bens, como uma casa bonita e confortável, o carro dos seus sonhos, casar ou receber uma promoção tão esperada no trabalho não é sinônimo de felicidade.
“Quem não se sente feliz com o que é, com o que tem, e como está, também não se sentirá feliz quando alcançar o que almeja. Por que a felicidade é um trabalho interior. É preciso aprender a se amar e se valorizar.”
Simplicidade
A psicóloga afirma ainda que é preciso fazer o caminho de volta ao simples. “Onde não sejamos mais pressionados ou reféns de exigências maiores. O que nos leva a sempre querer mais, ter mais, enfim, consumir mais. E a nunca estarmos satisfeitos com o que temos.
“A mídia fala o tempo todo do que temos que ter. Mas, nós não precisamos possuir tudo o que mundo oferece para sermos felizes. Isso não significa que não podemos usufruir daquilo que está à nossa disposição.”
As redes sociais e a solidão
Deuza Avellar chama a atenção para o fato das pessoas terem hoje centenas, milhares de amigos nas redes sociais, como facebook e twitter, mas que se pegam sozinhas num dia como sábado, por exemplo, porque não têm com quem sair.
“Perdemos algumas coisas, não nos relacionamos mais [pessoalmente], não sabemos mais o que é um toque afetuoso. Perdemos a essência da própria existência.”
Sentido maior à vida
Segundo Deuza, o dar um sentido maior à vida também tem uma “grande participação na capacidade de estar bem, estar feliz, independente das circunstâncias.”
Para a Logoterapia, um sistema teórico – prático de psicologia, criado pelo psiquiatra vienense Viktor Franl, e considerado hoje um dos movimentos mais importantes na atualidade, a busca de sentido na vida de uma pessoa é a sua principal força motivadora.
Sem isso, ela pode viver numa profunda crise existencial. Ou seja, levar uma vida vazia e triste.
A dieta da Felicidade
Para a nutricionista Dra. Bianca de Araújo Oliveira, da Vida Leve, especialista em nutrição clínica e gastronomia, a felicidade tem tudo a ver com comida. “Comer bem deixa a gente mais feliz, sim!
O problema, segundo ela, é que a maioria das pessoas come muito mal. Dra. Bianca compara a alimentação com o combustível que colocamos em nosso carro. “Se o carro recebe um bom combustível, vai funcionar direitinho. O mesmo ocorre com o nosso corpo, quando nos alimentamos bem.”
Mas, ela alerta, se alimentar bem não é ficar sem comer para emagrecer, e muito menos não comer o que se gosta. É preciso comer, inclusive, doce. Mas, tudo de maneira moderada. “Até a alface faz mal se você comer demais.”
O segundo cérebro – cuide bem do seu intestino e sorria
“Nascemos para ser feliz. Por isso, nosso corpo produz serotonina”, afirma a nutricionista. E, dessa forma, precisamos cuidar muito bem do nosso intestino. Mas, por quê? O que ele tem a ver com isso?
Ele é, simplesmente, considerado o nosso segundo cérebro. “90% da serotonina, o hormônio da felicidade, é fabricado por ele. E quando você se alimenta mal, gera um intestino desequilibrado, com uma produção deficiente desse hormônio”, explica.
O problema leva embora o bom humor, causa baixa auto-estima, além de provocar uma série de outros males à nossa saúde.
Enfezada
Quando ficamos três ou quatro dias sem evacuar, as fezes ficam duras porque o líquido que estava contido nelas foi reabsorvido pelo corpo. “Só que fezes é lixo, toxina, que gera diversas doenças, como obesidade, esclerose, hipertensão… Tudo o que você possa imaginar.”
Por isso, o antigo ditado “hoje tal pessoa está enfezada”, não nasceu à toa. “Ele é proveniente de pessoas que não vão regularmente ao banheiro”. Assim, as fezes não são eliminadas da forma que deveriam. Significa, literalmente, que a pessoa está enfezada.
Segundo a nutricionista, tem intestino normal quem evacua duas vezes ao dia.
Oleaginosas, tudo de bom!
Alimentos que fazem parte da família das oleaginosas, como nozes, castanhas, macadãmia e avelã, cooperam para a produção de serotonina. Pensou também no chocolate né?
Sim, o chocolate, por conta do cacau, também estimula a produção desse hormônio.
É isso aí, siga essas dicas e procure ser cada dia mais feliz.
Pessoas felizes tendem a viver mais e melhor, porque são mais saudáveis.
Eliane Lopes 
