A fratura de Neymar e as lesões no esporte
Por causa de uma fratura extremamente agressiva e incomum, ele não estará nos próximos jogos. Entenda o tipo de lesão que levou nosso craque para fora dos gramados e as lesões causadas pelo esporte
Por muitos, esta foi considerada a Copa dele! O menino de 22 anos era a maior aposta do mundo para ser o craque do Mundial da FIFA de futebol e ao longo dos jogos vinha trilhando exatamente este caminho até que, no último jogo, contra a Colômbia, no dia 4 de julho, o Brasil inteiro parou e sofreu com a joelhada que Neymar Jr. levou nas costas. O lance não apenas o parou, mas, o tirou definitivamente da competição. “Ele teve fratura da terceira vértebra lombar. Felizmente a fratura não envolveu diretamente o corpo da vértebra, mas uma das suas protuberâncias ósseas, chamada de ‘processo transverso’”, explica o Dr. Adriano Karpstein, especialista em medicina esportiva em Curitiba.
Este tipo de lesão é comum em esportes de automobilismo, quedas de motocicleta, no hipismo e em alguns esportes de contato, como rúgbi, mas, extremamente incomum no futebol, sendo que o tempo de consolidação da fratura é, em média, de 6 a 12 semanas. Pela literatura médica, o osso fraturado aguenta no máximo 50kg de carga e o impacto sofrido por ele ultrapassou os 50kg, causando o estrago, já que o osso desta região não é compacto, mas, esponjoso.
Apesar do trauma, não será preciso nenhum tipo de imobilização ou cirurgia, mas, aguardar que a recuperação aconteça. “É uma fratura benigna, porque não afeta a estrutura da coluna e nem acomete as estruturas nervosas. O fragmento fraturado, inclusive, nem tem como sair do lugar porque está firmemente preso aos ligamentos e músculos que o circundam”, esclarece o especialista. Ou seja, neste caso, apenas é dar tempo ao tempo. “Apenas o tempo: coisa de 6 a 8 semanas em média de repouso relativo – evitar atividades e grandes esforços. O incômodo maior é a dor. Trata-se de uma lesão que dói bastante, principalmente nos primeiros dias. À medida que for consolidando, a dor vai diminuindo”, finaliza o Dr. Karpstein.