Exames

Preservando a saúde da mãe e do bebê

Veja por que é fundamental realizar testes e exames laboratoriais no pré-natal

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Ver mãe e filho saudáveis é o desejo de todos quando se descobre uma gravidez. Entretanto, para o acompanhamento da saúde de ambos, é importante que, durante a gravidez, a gestante realize uma série de exames. “Esse acompanhamento muitas vezes evita o aborto ou partos prematuros”, afirma a bioquímica Talita Sabedotti Mello Pereira, gerente do Lanac – Laboratórios de Análises Clínicas, que atua há mais de 20 anos no Paraná.

Existe uma variada gama de exames que podem – e devem – ser realizados antes e durante a gestação, com o objetivo de prevenir doenças na mulher e em seu filho. “Muitas vezes, essas patologias não são pesquisadas no pré-natal, podendo trazer grandes riscos ao bebê”, alerta a bioquímica. Confira algumas doenças infecciosas que trazem risco ao feto e os exames que podem ser realizados para sua prevenção:

 

toxoplasmose

Essa infecção ocorre após a ingestão de carne mal cozida ou contato com solo ou alimentos contaminados com o protozoário Toxoplasma gondii.

na gestante

A toxoplasmose leve pode ser assintomática, mas em alguns casos pode causar linfonodos, inflamação da retina e até mesmo encefalite. No Brasil, estima-se que cerca de 50% das mulheres já tiveram contato com o parasita, ou seja, já desenvolveram imunidade e apresentam baixo risco de infecção fetal. Porém, é importante fazer exames antes ou durante o pré-natal para garantir que a doença não esteja se manifestando, ainda que de forma leve.

no bebê

A maioria dos recém-nascidos infectados não apresenta sinais clínicos ao nascer. Porém, para descartar o risco e, se for o caso, iniciar o tratamento, é preciso acompanhamento clínico e laboratorial. Crianças não tratadas adequadamente podem apresentar febre, icterícia, manchas avermelhadas em todo o corpo, aumento do fígado e do baço, microcefalia, convulsões, queda no número de plaquetas e calcificações cerebrais.

diagnóstico

Como na maior parte dos casos a infecção não tem sintomas aparentes, recomenda-se que as gestantes que ainda não tiveram a doença façam um acompanhamento sorológico ao longo da gravidez. É essencial fazer acompanhamento durante toda a gestação, porque um resultado negativo inicial não exclui a infecção. No recém-nascido, em caso de suspeita, são feitas avaliações oftalmológicas, auditivas e neurológicas.

prevenção e tratamento

Todas as gestantes devem evitar ingestão de carnes mal passadas e atividades ligadas ao solo. As mães infectadas devem receber tratamento com antimicrobianos, que podem reduzir o risco de transmissão e danos ao feto.

 

rubéola

Causada por vírus, é transmitida por secreções de indivíduos infectados. O vírus chega ao bebê através da placenta.

na gestante

Apresenta manchas avermelhadas pelo corpo, que podem causar coceira; febre baixa; conjuntivite e sintomas respiratórios. É possível perceber ínguas atrás da orelha, sob o maxilar e próximas à nuca.

no bebê

Na síndrome da rubéola congênita, é frequente o recém-nascido apresentar cardiopatia, deficiência auditiva, catarata, glaucoma congênito, entre outros problemas. Pode ocorrer aborto espontâneo, parto prematuro ou crescimento intrauterino reduzido.

diagnóstico

Na gestante, é feito por meio de testes laboratoriais específicos, geralmente através da detecção de IgM e IgG específicos. Também é possível fazer o cultivo de secreções nasofaríngeas, mas é um exame de custo elevado. Para diagnóstico do feto, geralmente é feita pesquisa de DNA viral.

prevenção e tratamento

A prevenção, nesse caso, começa bem cedo: a mãe deve ter recebido a vacina triviral, contra rubéola, sarampo e caxumba, por volta dos 12 meses de idade. O tratamento da gestante é medicamentoso. Não existe tratamento específico para o feto.

citomegalovírus

É a mais comum das infecções congênitas, atingindo um em cada 200 recém-nascidos. A transmissão se dá principalmente por meio de secreções e leite materno.

na gestante

Geralmente, os sintomas são febre e mal-estar geral, que melhoram espontaneamente.

no bebê

Até 20% dos recém-nascidos de mães infectadas apresentam baixo peso, crânio diminuído, inflamação de retina, hepatite, aumento do baço, entre outras. Se não for a primeira infecção da gestante, é menos comum que o bebê seja afetado.

diagnóstico

Na gestante, o diagnóstico é feito por meio da sorologia e pode ser confirmado com pesquisa do DNA viral na urina ou sangue. Para diagnóstico do feto é realizado exame do líquido amniótico. Nos casos suspeitos, recomenda-se a pesquisa do DNA viral nas primeiras três semanas de vida.

herpes vírus

Esta infecção surge até 28 dias após o nascimento. Se não tratada, pode ser letal. Os recém-nascidos de mulheres infectadas faltando pouco tempo para o parto apresentam maior risco de complicação. No entanto, a maioria dos casos de herpes neonatal é devida às infecções prévias, que ressurgem perto do parto.

no bebê

A infecção neonatal pode se manifestar por lesões vesiculares em pele e mucosas, meningoencefalite ou infecção generalizada. O contágio normalmente ocorre na via de parto e nem sempre a gestante apresenta lesões genitais visíveis.

diagnóstico

Se a gestante apresentar lesões sugestivas, recomenda-se a pesquisa de IgG para HSV-2 Na criança, deve-se fazer o exame de PCR específico no sangue e, caso haja indicação, exame no líquido cérebro-raquiano.

prevenção e tratamento

É necessário evitar a transmissão do vírus do herpes no final da gestação, por meio de uso de preservativos ou abstinência sexual, caso o parceiro seja portador do vírus. As gestantes com herpes genital devem ser tratadas com antiviral e, em alguns casos, receber antivirais nas últimas semanas para evitar lesões ativas no momento do parto. Os recém-nascidos acometidos devem ser tratados com antivirais injetáveis. O parto cesariano reduz o risco de transmissão neonatal, caso a gestante esteja com lesões genitais ativas.

sífilis

É uma complicação da sífilis materna. A bactéria Treponema pallidum é transmitida pela placenta em qualquer período gestacional, principalmente em casos de doença recente (sífilis primária e secundária).

na gestante

A forma primária caracteriza-se pela formação de úlcera genital indolor que cura espontaneamente. A sífilis secundária apresenta lesões disseminadas e queda de cabelos. Nos casos de sífilis terciária, podem surgir aneurisma de aorta, demência, paralisias e lesões na pele.

no bebê

Aborto espontâneo, natimorto ou morte perinatal ocorre em aproximadamente 40% das crianças infectadas. A sífilis congênita pode causar aumento do fígado e do baço, lesões cutâneas, alterações ósseas, pneumonia, rinite, icterícia, anemia, entre outros. A infecção pode ser assintomática nos primeiros meses de vida, o que reforça a necessidade da avaliação pré-natal.

diagnóstico

Crianças expostas à bactéria devem ser acompanhadas com avaliação pediátrica e sorológica. Os testes diagnósticos são a principal ferramenta para o diagnóstico.

prevenção e tratamento

Usar sempre o preservativo previne esta e outras infecções. O tratamento tanto da gestante quanto do bebê é feito com penicilina e apresenta elevadas taxas de sucesso. O tratamento precoce da gestante pode evitar ou reduzir o risco de dano fetal. Toda gestante deve ser testada para a sífilis.

Durante o pré-natal

Fazer um pré-natal completo, realizando exames que previnem doenças infecciosas, significa certeza de saúde para a

gestante e o bebê!

Informe-se e discuta os riscos com seu ginecologista. Ser mãe é um dos atos mais lindos da natureza, e continua sendo um dos maiores desejos e realizações das mulheres brasileiras. Previna-se.

Confira os testes e exames disponíveis no Lanac no site www.lanac.com.br

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